Tuesday, September 1, 2015

A volta

Hallo!

Este post foi escrito em abril, mas o desânimo da volta me fez até esquecer de publicar. Então estes são alguns dos meus pensamentos sobre a volta.

No dia 18 de dezembro eu embarcava no avião de volta para o Brasil. Essa viagem aconteceu bem antes do que eu planejava, mas o fim do contrato de housing me obrigou a deixar o dorm na semana seguinte do fim do semestre.

Já larguei o sorry,excuse me e thanks, mas ainda esqueço palavras bem comuns do português e isso é muito estranho.

Sabia que o calor daqui ia me deixar morrendo de saudades do inverno rigoroso dos Estados Unidos. E mesmo quando esquentava um pouco, valia a pena ver as mudanças entre as estações. Sabia que ter meus amigos por perto ia fazer uma falta muito maior do que a distância que nos separa. Tinha certeza que a segurança de lá ia me fazer ficar tensa e irritada aqui no Brasil, mesmo morando em uma cidade considerada perigosa, especialmente lá perto do South Side. Mas sabia que enquanto estivesse em casa, já que não gosto de sair, escaparia da maioria dessas coisas. O problema é que não dá pra viver em casa.




Apesar de já ter quatro meses que cheguei, só agora voltei para a universidade, o que eu mais temia.
Voltar para a universidade significa voltar a esperar bastante para entrar num ônibus lotado e passar o percurso todo torcendo para não ser assaltada. Na universidade, assistir a longas aulas de 1h40, que muitas vezes duram duas horas, deixando os alunos sem intervalo. Depois disso, enfrentar a jornada de volta nos ônibus. Ah, que saudade da comodidade de morar on campus, com aulas mais curtas e várias atividades.

Tenho saudade das coisas que funcionam, especialmente serviço ao consumidor. Eu chegava a ficar eufórica quando resolvia um problema da forma que deveria ser resolvido, com praticidade e eficiência. Sinto falta das atividades sociais para integrar os alunos e das atividades culturais que me fizeram aprender tanto.

Mas vamos terminar o post com uma sensação mais alegre e menos nostálgica. Pulando a parte boa de rever a família, vamos falar de comida! Isso só virou problema quando fui para o IIT, quem já me viu falando sobre comida na UB, sabe que eu não tinha do que reclamar. Mesmo quando mudei pra Chicago não morria de saudade de coxinha como a maioria das pessoas, tanto que fui a restaurantes brasileiros e nunca pedi uma. O que eu sentia falta de verdade é de comer refeições saudáveis no dia a dia. Engordei 5kg em menos de um ano e estava ficando com buracos na cabeça de tanto que o cabelo caia. Era legal sempre ouvir "E isso, já comeu?" seguido de "Ah, então vou fazer pra você."  Foi bem prazeroso recuperar minha saúde fazendo algo tão bom quanto comer. 
Um salve pra culinária brasileira.


E essas são minhas notas sobre a volta. Deixo vocês com o vídeo sobre a readaptação que postei recentemente.


Macht’s gut, und danke für den Fisch!